QUAL OS JUROS QUE VOU PAGAR NO FIES DEPOIS QUE ME FORMAR?

Um comparativo entre os juros e indexadores de correção monetária previstos para atualização do saldo devedor do Fies?

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do governo federal brasileiro que oferece empréstimos a juros subsidiados para estudantes universitários que não têm condições financeiras de arcar com os custos de sua formação. O saldo devedor do Fies é corrigido monetariamente e atualizado pela taxa de juros prevista no contrato e pelos indexadores estabelecidos pelo governo federal.

A seguir, apresento um comparativo entre os juros e indexadores de correção monetária previstos para atualização do saldo devedor do Fies:

  1. Taxa de juros: A taxa de juros do Fies é de 3,4% ao ano para todos os cursos, exceto para os cursos de Medicina, Odontologia e Veterinária, que têm taxa de juros de 6,5% ao ano. Essa taxa de juros é bastante baixa em comparação com as taxas praticadas no mercado financeiro para empréstimos pessoais.
  2. Indexadores de correção monetária: O saldo devedor do Fies é corrigido monetariamente pelos seguintes indexadores:
  • IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial do país. Esse índice é utilizado para atualizar o valor das parcelas mensais do Fies e também para atualizar o saldo devedor do contrato.
  • Selic: Taxa de juros básica da economia brasileira. Esse índice é utilizado para corrigir o valor dos encargos financeiros do Fies, que são cobrados sobre o saldo devedor do contrato.

Comparativamente, o IPCA é um índice de correção monetária mais estável e previsível, uma vez que é calculado com base na inflação oficial do país. Já a Selic é uma taxa de juros que pode variar bastante de acordo com as políticas econômicas adotadas pelo governo federal.

Em resumo, a taxa de juros do Fies é bastante baixa em comparação com as taxas praticadas no mercado financeiro, o que torna o programa uma opção interessante para estudantes que precisam de financiamento para seus estudos. Quanto aos indexadores de correção monetária, o IPCA é mais previsível e estável do que a Selic.

Os contratos do Fies assinados até 2017 possuem juros de 6,5% ao ano, enquanto os contratos atuais têm juros de 3,4% ao ano para a maioria dos cursos, com exceção dos cursos de Medicina, Odontologia e Veterinária, que possuem juros de 6,5% ao ano. Isso significa que os contratos atuais têm juros mais baixos do que os contratos antigos.

 

Em relação aos indexadores de correção monetária, os contratos antigos utilizam o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) como indexador de correção monetária, enquanto os contratos atuais utilizam o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O IGP-M é calculado a partir de uma cesta de preços de bens e serviços e pode variar bastante de um período para outro, enquanto o IPCA é considerado o índice oficial de inflação no país e é calculado com base em uma cesta mais ampla de preços, o que o torna mais estável e previsível.

 

Em resumo, os contratos do Fies assinados até 2017 têm juros mais altos e utilizam um indexador de correção monetária menos previsível do que os contratos atuais, que têm juros mais baixos e utilizam o IPCA como indexador de correção monetária. Isso significa que os estudantes que assinam contratos do Fies atualmente têm condições mais favoráveis do que aqueles que assinaram contratos mais antigos.

O Fies atual não cobra juros ?

O Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) cobra juros, mas esses juros são subsidiados pelo governo federal, o que significa que o estudante paga uma taxa de juros menor do que a que seria praticada no mercado financeiro para empréstimos pessoais.

 

Atualmente, para a maioria dos cursos, a taxa de juros do Fies é de 3,4% ao ano, enquanto para os cursos de Medicina, Odontologia e Veterinária, a taxa de juros é de 6,5% ao ano. Essa taxa de juros é bem inferior às taxas de juros praticadas no mercado financeiro para empréstimos pessoais, que podem variar de acordo com o perfil do tomador do empréstimo e com as condições do mercado.

 

Portanto, embora o Fies não cobre juros no sentido de ser uma operação de crédito sem custos financeiros para o estudante, a taxa de juros praticada é bastante acessível e subsidiada pelo governo federal, tornando o financiamento uma opção viável para estudantes que não têm condições financeiras de arcar com os custos de sua formação.

Lista da taxa de juros do fies desde 1999 até 2023?

Aqui está uma lista com as taxas de juros do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) desde 1999 até 2023, de acordo com as alterações legislativas e regulatórias ao longo dos anos:

 

  • De 1999 a 2006: a taxa de juros do Fies era de 9% ao ano.
  • De 2007 a 2008: a taxa de juros do Fies foi reduzida para 6,5% ao ano.
  • De 2009 a 2012: a taxa de juros do Fies foi novamente reduzida para 3,4% ao ano.
  • De 2013 a 2014: a taxa de juros do Fies foi de 6,4% ao ano.
  • De 2015 a 2017: a taxa de juros do Fies foi de 6,5% ao ano.
  • Em 2018: o Fies passou por uma reformulação e os juros foram fixados em 3,5% ao ano para todas as áreas de conhecimento.
  • Em 2019: a taxa de juros do Fies foi novamente reduzida para 3,4% ao ano.
  • Em 2020: devido à pandemia de COVID-19, os juros do Fies foram zerados por um período de 6 meses, a partir de abril de 2020.
  • Em 2021 e 2022: a taxa de juros do Fies foi mantida em 2% ao ano para todas as áreas de conhecimento.
  • Em 2023: a taxa de juros do Fies foi reajustada para 3,4% ao ano para a maioria dos cursos, enquanto para os cursos de Medicina, Odontologia e Veterinária, a taxa de juros é de 6,5% ao ano.

Vale lembrar que as taxas de juros do Fies são estabelecidas pelo governo federal e podem ser alteradas de acordo com as condições econômicas do país e as políticas públicas do governo.

A partir de 2017 o Fies deixou de utilizar juros para utilizar o IPCA para atualização do saldo devedor?

Não é correto afirmar que o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) deixou de utilizar juros a partir de 2017. O que ocorreu foi que, a partir de 2018, houve uma alteração na forma de cálculo dos juros e da correção monetária do saldo devedor do Fies.

 

Antes dessa alteração, a taxa de juros do Fies variava de acordo com o curso e com o período em que o contrato foi assinado, e a correção monetária era feita pela Taxa Referencial (TR). A partir de 2018, a taxa de juros do Fies foi fixada em 3,5% ao ano para todas as áreas de conhecimento, e a correção monetária passou a ser feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 

Dessa forma, o IPCA passou a ser utilizado para atualização do saldo devedor do Fies a partir de 2018, substituindo a TR. Entretanto, a taxa de juros do Fies continua existindo e é adicionada ao saldo devedor para cálculo das parcelas mensais a serem pagas pelo estudante após a conclusão do curso.